Cerca de R$ 42 milhões do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do governo federal, estão empenhados desde 2009 para a Agência Goiana do Sistema de Execução Penal(Agsep). No entanto, a pasta não conseguiu, até o momento, efetivar nenhum projeto para usar o montante.

A denúncia foi feita ontem durante a assembleia dos servidores da Agsep, realizada na sede da União Goiana dos Policiais Civis (Ugopoci), no Centro, onde a categoria aprovou, por unanimidade, protocolar um abaixo-assinado na segunda-feira no Palácio das Esmeraldas, pedindo ao governador Marconi Perillo o afastamento imediato do atual presidente da agência, Edilson de Brito.

Pedem que a gestão da agência passe a ser de um funcionário de carreira a ser escolhido pelo governador por meio de uma lista tríplice ou sêxtupla.

O presidente da Agsep foi procurado para falar sobre o assunto, mas não retornou às ligações feitas pelo POPULAR. Por meio de nota, a assessoria de imprensa do órgão disse que a nomeação para o cargo é de responsabilidade do governador e que "houve análise de caráter técnico necessário à nomeação".

A assessoria da agência informou também que cerca de 90% dos cargos de direção das 76 unidades prisionais administradas pelo órgão são ocupados por agentes de segurança prisionais e que 20 gerências tem à frente trabalhadores efetivos.

"Não fazemos oposição ao governador, mas a atual gestão não tem comprometimento com a busca da qualidade de vida dos servidores e dos reeducandos. Queremos um gestor da própria pasta", explicou ontem o presidente da Associação dos Servidores Prisionais do Estado de Goiás, Jorimar Bastos.

Os números do sistema prisional goiano

  • 11 mil presos estão em unidades administradas pela Agsep
  •  Mil presos estão em delegacias da Polícia Civil ou em quarteis da Polícia Militar
  •  Total: 12 mil presos
  •  O sistema prisional goiano conta com 7 mil vagas
  • Déficit: 5 mil vagas
Fonte: O Popular