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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Greve de fome contra superlotação em DP

Vinte e dois presos acomodados na única cela do 1º Distrito Policial (DP), no Centro, entraram em greve de fome em protesto contra a superlotação e as precárias condições de encarceramento. O movimento teve início na noite de domingo e, conforme os detentos, só será interrompido com a transferência deles para a Casa de Prisão Provisória (CPP), em Aparecida de Goiânia.
A greve de fome dos detentos representa um capítulo a mais no grave problema da superlotação nos distritos policiais e nas delegacias especializadas. Conforme o superintendente de Polícia Judiciária da Polícia Civil, Álvaro Cássio dos Santos, os órgãos policiais dispõem de 120 vagas para abrigar presos que ainda são alvo de investigações. Ontem, segundo disse, havia 330 detentos amontoados nas celas, a maioria sem espaço para dormir, comer e tomar banho.
Ontem os presos do 1º DP mostravam-se indignados com a situação em que estão recolhidos. "Não temos banho de sol nem direito a receber visitas. O chuveiro está estragado, o vaso entupido e o teto apresenta vazamento", afirmou um acusado de furto. Outro preso disse que os detentos usam garrafas e sacolas para fazer suas necessidades.
Álvaro Cássio garante que os detentos do 1ª DP terão prioridade na transferência para a CPP hoje e nos próximos dias. O presidente da instituição, Edilson de Brito, informa que pretende implantar, a curto prazo, o uso de pulseiras eletrônicas para monitoramento dos presos provisórios, o que possibilitará a abertura de vagas na CPP. Tal técnica será efetivada por uma empresa especializada e custeada pelo Estado.
A Agência Goiana do Sistema de Execução Penal (AGSEP) pretende instalar 136 camas em uma ala da CPP. Projeta construir, em parceria com a iniciativa privada, um a central de triagem para a acomodação de 48 detentos. Tal unidade, a ser administrada pela AGSEP, será edificada próximo às delegacias especializadas, num terreno cedido pela Polícia Civil

Fonte: O Popular

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