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quarta-feira, 21 de março de 2012

Funcionário de presídio da Paraíba, é preso durante operação, diz secretaria

Ele é suspeito de integrar esquema de tráfico de drogas em presídios. Operação Hidra acontece nesta quarta e cumpre 23 mandados de prisão.


A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap) confirmou que um funcionário do  Presídio Regional Romero Nóbrega em Patos, no Sertão paraibano, foi preso nesta quarta-feira (21) durante uma operação policial. A assessoria ainda informou que um ex-diretor da unidade prisional também foi preso. O objetivo da ação é combater o esquema de tráfico de drogas em municípios da região que seria comandando dentro de celas e unidades prisionais de Patos.
Presidiários e agentes penitenciários suspeitos de participar do esquema também foram presos e estão sendo transferidos para o presídio de segurança máxima PB1, em João Pessoa. Estão sendo cumpridos de 23 mandados de prisão expedidos pela Justiça para a Operação Hidra, realizada pelas Polícias Civil e Militar da Paraíba e de Pernambuco.
Até as 8h15, 21 mandados haviam sido cumpridos durante a Operação Hidra. Os demais suspeitos de envolvimento na quadrilha foram encaminhados à delegacia regional de Patos para prestar depoimento. A Secretaria Estadual de Segurança Pública convocou a imprensa para uma entrevista coletiva às 10h na cidade, na presença do secretário Cláudio Lima, do comandante geral da Polícia Militar, coronel Euller Chaves, e de um representante da Polícia Civil. O Ministério Público Estadual também acompanha as investigações e as prisões.
Como funcionava
As buscas começaram na manhã desta quarta-feira (21) nas cidades de Patos, São Bento, São José de Piranhas e Teixeira, na Paraíba, além de São José do Egito, em Pernambuco. Conforme a polícia, a organização criminosa atuava distribuindo drogas originárias da Bolívia e do Paraguai para cidades da Paraíba e de Pernambuco. O esquema seria comandado por um presidiário de Patos, com a conivência e facilitação do ex-diretor e da atual direção do Presídio Regional Romero Nóbrega, além da participação de cinco agentes penitenciários.

A polícia e o Ministério Público também apuram o uso de carros oficiais da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária na escolta de presos do regime fechado, que teriam sido levados por funcionários de presídios para administrar o tráfico junto a grupos criminosos em bairros. Ainda é investigada a participação de pessoas em São Paulo, Rio Grande do Norte e Pernambuco.
Envolvidos sofriam atentados, diz polícia
De acordo com as Polícias Civil e Militar, o grupo também atuaria nas execuções de pessoas que tentavam denunciar o esquema. Uma das vítimas seria um detento preso na Operação Laços de Sangue. Ele foi detido no Rio Grande do Norte e supostamente integrava grupos de pistoleiros comandandos por famílias do Sertão paraibano.

O presidiário morreu no dia 7 de outubro de 2011, durante um incêndio na enfermaria do Presídio Regional de Patos. A Secretaria de Segurança e Defesa Pública da Paraíba determinou a abertura de uma sindicância para apurar se o incêndio foi criminoso ou acidental, porém o resultado não foi divulgado.
No mesmo mês, o então diretor do mesmo presídio onde aconteceu o incêndio sofreu um atentado e teve o carro atingido por mais de dez tiros. Na época, a Polícia Civil afirmou que a tentativa de homicídio tinha relação com a Operação Laços de Sangue, porém a Segurança Pública apura o envolvimento do ex-diretor no esquema de facilitação de tráfico de drogas.



Decreto do governador cria comissão para abertura de vagas no sistema prisional

O Governo do Estado determinou a criação de uma comissão que envolve vários órgãos do Estado, para uma ação conjunta e compartilhada entre eles, com o objetivo da tomada de providências para a abertura de vagas para presos no sistema prisional goiano. A determinação foi instituída por meio do Decreto 7.574 de 14 de março de 2011, assinado pelo governador Marconi Perillo, publicado nesta terça-feira, 20/03, no Diário Oficial do Estado. O grupo de trabalho é composto por representantes da Secretaria Estadual da Segurança Pública e Justiça (SSPJ), Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan), Secretaria da Fazenda (Sefaz), Controladoria Geral do Estado (CGE) e as Agências Goianas do Sistema de Execução Penal (Agsep) e de Transportes e Obras (Agetop).
O decreto coloca a SSPJ como presidente do grupo e determina que os órgãos devem “acompanhar, em todas as suas etapas, a execução das obras de construção, reforma, ampliação, conservação e manutenção de unidades prisionais, inclusive, cadeias públicas, a serem custeadas, precipuamente, com recursos advindos de convênio com a União, visando a ampliação de vagas no sistema penitenciário do Estado, para abrigar os reeducandos que lhes são encaminhados”.
            De acordo com o diretor de Gestão, Planejamento e Finanças da Agsep, Antônio Carlos de Lima, os órgãos que formam a comissão deverão, nas suas áreas de atuação, dentro das suas competências, dar maior agilidade às tramitações necessárias para que as vagas sejam abertas. “Isso destravará os processos que ora dependem da competência da Segplan, ora da competência da Sefaz ou da Agetop”, explicou ele. “Essa união de forças faz todo diferencial na questão porque, a partir de agora, todos os órgãos direta ou indiretamente envolvidos com o problema têm entendimento por igual da urgência nas demandas postas para as soluções”, completou Lima. Para o presidente da Agsep, Edemundo Dias, o decreto assinado pelo governador demonstra a sensibilidade do governo com a problemática. “Essa atitude é a redenção. É o começo da solução para a abertura de vagas no sistema prisional”, afirmou ele.
Vagas
A Agsep realiza todos os dias a oferta de vagas na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia para a Polícia Civil do Estado. Nesta quarta-feira, 21/03, a unidade abriu 30 vagas. Esta tem sido a média diária. Neste ano, até ontem, a soma é de 920 presos recebidos das delegacias e 722 vagas abertas, por meio de alvarás de soltura e de transferências.
Obras
A Agsep deu início, nesta semana, à conclusão da reforma da Ala B da Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG), com previsão de conclusão em breve. Com a obra, a Agsep realizará remanejamento de presos, o que refletirá na abertura de pelo menos 200 vagas. Os recursos foram liberados pela SSPJ. Além disso, já está em fase de licitação o Centro de Triagem para 160 vagas, que será construído no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O novo espaço vai abrigar também a Delegacia de Capturas.
Outra obra é o anexo de 300 vagas na CPP, que também já está com o projeto arquitetônico pronto e está em tramitação para posteriores liberações. Na somatória de vagas, a Agsep trabalha ainda com a expectativa de 1,2 mil vagas que serão abertas com as construções dos estabelecimentos penais, via Pronasci, nos municípios de Formosa, Águas Lindas, Anápolis e Novo Gama. Esses já contam com recursos em caixa oriundos do governo federal e contrapartida do Estado. Cada uma das quatro unidade penais terá 300 vagas. As obras começaram a ser licitadas pela Agetop.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Edemundo dias recebeu ontem dia (06) a mais alta honraria da Segurança Pública

O presidente da Agência Goiana do Sistema de Execução Penal (AGSEP), Delegado da Polícia Civil, Edemundo Dias, foi agraciado com a Medalha da Ordem do Mérito da Segurança Pública e Justiça de Goiás – Mauro Borges Teixeira – Grau Comendador, a solenidade aconteceu na noite desta terça-feira, 06/03, às 20h, no Teatro Madre Esperança Garrido.
A condecoração é a mais alta honraria dedicada pelo Governo do Estado de Goiás e a Secretaria da Segurança Pública e Justiça de Goiás aos servidores de destaque do setor. O Governador Marconi Perillo e o Secretário da Segurança Pública e Justiça, João Furtado, farão a entrega das medalhas aos servidores que serão homenageados.
Foto: Adriana Accorsi ladeada por Antônio Gonçalves, à sua direita, e Licínio Leal Barbosa e Edemundo Dias

Adriana Accorsi é a convidada do Roda de Entrevista

O Roda de Entrevista recebe a primeira mulher a ocupar o cargo de delegada-geral da Polícia Civil, Adriana Accorsi. O programa faz uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher comemorado na próxima quinta-feira, dia 8. O Roda de Entrevista vai ao ar hoje às 22 horas na TV Brasil Central, Canal 13. No domingo tem reprise às 21 horas.

Extraordinariamente, o programa será ancorado pela apresentadora da TBC, Susete Amâncio e terá participação de outras quatro jornalistas: Patrícia Santana, Gleice Almeida, Valéria Carvalho e Janaína Gomes. A delegada vai falar de sua atuação policial; de como concilia a vida familiar e pessoal com a difícil carreira que escolheu; da repercussão da Operação Monte Carlo; do combate à violência doméstica e à violência contra a mulher, entre outros assuntos.

Mais informações: (62) 3201-7711 ou (62) 3201-7715

quinta-feira, 1 de março de 2012

Prisão de Foragido

Os Agentes de Polícia Venerando Júnior e Guilherme Ávila do CAOP (Capturas e Apoio Operacional) da 2ª Delegacia Regional de Polícia, coordenados pelo Delegado Regional Rener de Sousa Moraes, prendeu na terça-feira, 28/02/2012 no Residencial Jardim Colorado, Goiânia/GO, JOSÉ PEIXOTO DOS REIS, foragido da Justiça da Comarca de Aparecida de Goiânia/GO.

Em desfavor do mesmo havia Mandado de Prisão expedido pelo Juízo da 4ª Vara Criminal por prática de crime de homicídio (art. 121 do CPB).
Atualmente, encontra-se recolhido na carceragem do 4º DP de Aparecida de Goiânia a disposição do Poder Judiciário.


Fonte: CAOP Aparecida

Operação Monte Carlo

PF e MPF realizam operação contra jogo ilegal em Goiás


O Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) e a Polícia Federal no Distrito Federal (PF/DF), com auxílio do Escritório de Inteligência da Receita Federal em Brasília, deflagraram uma operação contra a máfia dos caça-níqueis com atuação no Estado de Goiás e mais cinco Estados da Federação. O esquema, que funcionava há mais de 17 anos, era coordenado pelo empresário Carlo Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que contava com a conivência de algumas autoridades da segurança pública. A operação, batizada Monte Carlo, cumpriu, até agora, oito mandados de prisão preventiva, 27 prisões temporárias, 10 ordens de condução coercitiva e buscas e apreensões em diversas localidades. Segundo o MPF, Cachoeira e toda a cúpula da organização está presa em Brasília.
A investigação durou 15 meses e identificou 44 integrantes infiltrados na área de segurança pública: dois Delegados de Polícia Federal de Goiânia, seis Delegados da Polícia Civil de Goiás; três Tenentes-coronéis, um Capitão, um Major, dois Sargentos, quatro Cabos e 18 soldados da Polícia Militar (PM) de Goiás; um Auxiliar Administrativo da PF em Brasília; um policial rodoviário federal, um agente da polícia civil de Goiás e um agente da polícia civil de Brasília; um sargento da Polícia Militar de Brasília, um servidor da Polícia Civil de Goiás; um servidor da Justiça Estadual de Valparaíso de Goiás.

Cartel
Segundo a PF, a quadrilha contava com operadores diretos de pontos de jogo ilegal em Goiânia e Valparaíso de Goiás. Os “cassinos” funcionavam em galpões, onde as máquinas eram instaladas.
As investigações apontam que o esquema funcionava como um cartel e era operado a partir de um centro de comando, localizado em Goiânia e liderado por Carlinhos Cachoeira. Segundo a PF, era ele quem determinava o fechamento e abertura de casas de jogos no território de seu domínio.
Verificou-se também que, por meio dos integrantes da quadrilha infiltrados na polícia, Cachoeira controlava a abertura de pontos de jogos concorrentes dentro de seu território. Caso alguém ousasse abrir cassinos clandestinos no território dominado pelo grupo, policiais eram demandados a fechar tais casas. Esses policiais também agiam como informantes, passando informações sobre operações realizadas pelos órgãos de segurança pública, dando tempo ao grupo para que a máquinas fossem transferidas.
Segundo os procuradores da República, Daniel de Resende Salgado, Lea Batista de Oliveira e Marcelo Ribeiro de Oliveira, o grupo funcionava como uma empresa, com estrutura organizacional piramidal, onde cada membro tinha funções muito bem definidas.

Infiltrados
Os procuradores afirmam que a existência da quadrilha por quase duas décadas deu tempo para que ela montasse uma estrutura estável, com larga influência em vários órgãos do Estado. A participação da Polícia Federal do DF é uma prova da influência do grupo sobre o Poder Público no Estado. Os agentes da sede da PF na capital Federal tiveram de ser usado para que servidores infiltrados em Goiás não denunciassem as investigações.
“O recrutamento do braço armado do Estado pelo crime como instrumento de cobertura e proteção ostensiva ou velada dos estabelecimentos de jogos e da prática delitiva controlada por um poder centralizado e hierarquizado, foi capaz de gerar a desarticulação do Estado no enfrentamento à criminalidade. Tornou, em outras palavras, o Estado e a própria sociedade mais vulnerável”, afirma o parecer dos procuradores.

Fonte: O Popular