Seu porte magro não denuncia a capacidade de faro e agressividade da cadela Kate. Ansiosa e com olhar atento, a cadela é um dos destaques do BPCães. Há cinco anos atuando pela tropa, foi responsável por inúmeras capturas de assaltantes perigosos em fuga, sem disparar nenhum tiro. Kate é da raça Pastor Belga de Malinois, uma das quatro raças utilizadas para policiamento.
O sargento Cleber Alan Silva, de 39 anos, lembra muito bem da proatividade de Kate em mais uma operação bem sucedida. “Dois assaltantes roubaram malotes com cartões de crédito na região de Sobradinho e fugiram para uma mata na Fercal. Até nós chegarmos no local muito íngreme onde eles se esconderam, já teriam fugido. Kate perseguiu e cercou os dois, até que a Polícia chegasse”, lembra o sargento.
Segundo o comandante do BPCães, tenente-coronel Sérgio Luiz Ferreira, a importância dos animais no trabalho policial é indispensável. “Com a chegada mais rápida de um animal treinado, evitamos o risco de morte de um policial que tem bem mais dificuldade para entrar em matas e situações desta natureza do que os cães. Além disso, com os animais fazemos detecção de bombas, drogas e armas, e estamos iniciando policiamento nas ruas em operações. Em breve, teremos inclusive cães para entradas táticas. Nem todo mundo sabe, mas quem prendeu o Bin Laden primeiro foi um cão, depois vieram os soldados”, lembrou o comandante.
O grupamento do DF existe há 41 anos. Em 1971 tornou-se o Pelotão de Cães da Companhia de Operações Especiais da Polícia Militar. Até os anos 80, era aplicado apenas na contenção de manifestações.
Vinícius Borba: Jornal de Brasília
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