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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Cerca de 700 agentes penitenciários paralisam atividades no Piauí


A paralisação vai durar 24 horas e visitas estão suspensas.
Agentes reclamam do veto ao de porte de arma e constantes ameaças.


Cerca de 700 agentes penitenciários no Piauí cruzaram os braços nesta quarta-feira (30). A paralisação vai durar 24 horas e com isso as visitas de parentes, advogados, audiências e transferência de presos estão suspensas. O movimento acontece em todo o Brasil e a categoria manifesta repúdio ao veto pelo projeto de porte de arma.

O porte de arma aos agentes penitenciários fora do horário de serviço estava previsto no projeto de lei 87/2011, aprovado pelo Congresso. No entanto, a presidente considerou a medida contrária ao interesse público e decidiu pelo veto.

No Piauí, a paralisação tem como foco, além da questão do veto, a luta por melhores condições de trabalho e segurança. De acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores Administrativos das Secretarias da Justiça e de Segurança Pública do Estado do Piauí, o estado recebeu em repasses suplementares do tesouro estadual o valor de R$ 1,5 milhões para a aquisição de material bélico e de equipamento de proteção individual.

“Nós cobramos mais equipamentos e também pedimos mais proteção já que diariamente somos ameaçados pelos presos. Os detentos cobram por melhores condições nos presídios e como não têm suas reivindicações atendidas se revoltam e nos ameaçam”, disse Cleiton Honório, que há 11 anos trabalha como agente prisional.

De acordo com o presidente do sindicato, Vilobaldo Carvalho, a paralisação é uma forma de chamar atenção para as condições precárias de trabalho dos agentes e ainda a superlotação dos presídios.

“Nós também cobramos mais concursos porque hoje o estado tem apenas 700 agentes quando o ideal seria pelo menos mil”, disse Vilobaldo.

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