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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

SSP Comemora resultados


Em visita ao jornal O HOJE, secretário Joaquim Mesquita admite dificuldades, mas mostra otimismo com atuação de forças policiais.
O aumento do número de efetivos das polícias Militar e Civil pode resolver os principais problemas relacionados à segurança pública do Estado. É o que acredita o secretário de Segurança Pública e Justiça, Joaquim Mesquita. Ele alegou, ontem, que a elevação do índice de policiais é a primeira questão na lista de problemas que a segurança enfrenta atualmente, e que o aumento do efetivo influenciará na resolução de crimes como os de homicídio. 

O número de policiais que hoje é de 12 mil deve subir para 30 mil em dez anos. As primeiras incorporações às polícias devem começar no meio do ano. O secretário entende que, com número maior de policiais, o índice de 50% de resolução dos crimes de homicídio que a polícia goiana contabiliza será melhorado. Ele atribui, inclusive, à falta de policiais, um trabalho mais incisivo nas investigações criminais e no tráfico de drogas, e argumenta que, efetivo maior significa, necessariamente, maior número de viaturas nas ruas no combate ao crime. As declarações foram dadas durante visita ao jornal O HOJE.

Questionado se há recursos para contratação de mais policiais em um momento em que o governo do Estado promete corte de gastos, Mesquita disse que os recursos estão garantidos, e que não há como um governo se esquivar desse tipo de investimento. “Tem instantes que não há alternativa a não ser gastar, investir. O governador compreende isso, tanto que autorizou realização de concursos, contratação do serviço militar voluntário, que trará mais 1.300 policiais, e promoções e progressões de todas as forças policiais”, defendeu.

Munido de números levantados recentemente, Mesquita informou que, na análise do efetivo da polícia comparado à população, Goiás ocupa a 19º posição no ranking nacional. “Temos um efetivo abaixo da nossa necessidade”, disse.
Para ele, não é possível “fazer segurança sem pessoas”. “Temos delegacias com número pequeno de agentes, o que dificulta investigações, aí temos que priorizar alguns casos. As prioridades são os homicídios, tráfico de drogas, furtos e roubos”, explicou.

Federalização

Diante da polêmica levantada há pouco tempo, inclusive pela ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, durante visita a Goiás, de que a polícia goiana deveria sofrer intervenção da Polícia Federal e até federalizar as investigações de alguns crimes, o secretário disse que o estado tem contado com excelentes resultados em relação ao trabalho da Policia Militar e Civil, e que não enxerga necessidade de mexer nos trabalhos de investigação sobre o assassinato do jornalista Valério Luiz, por exemplo.

“Essas questões são muito mais colocadas de maneira emocional do que racional. Não há nada que possa dizer que a estrutura de segurança pública não está agindo com prioridade para esclarecer acontecimentos como esses. A dedicação de policiais em relação a esse e outros casos, merece elogios. São crimes muito complexos, mas que tem sido tratado com toda dedicação, e eu acompanho as investigações de perto”, declarou. Mesquita também não acredita na possibilidade de haver greve das polícias novamente porque as conversas com o segmento tem sido constantes.

Perfil técnico é necessário no momento

Logo que foi escolhido para assumir a segurança pública, Mesquita ouviu questionamentos por ter perfil notadamente técnico, necessidade da pasta, conforme declarou o governador Marconi Perillo (PSDB). Mesquita reiterou, ontem, que o cargo demanda perfil técnico, sobretudo, no atual momento. “O técnico pode não ter a visão e sensibilidade que o político tem, mas, em alguns instantes, é melhor um técnico que não precise sobreviver em função de calendário eleitoral”, argumentou.

Mesquita disse ainda que outra preocupação grande é em relação a debilidade do sistema prisional. “Tenho focado muito nas construções dos presídios. Muitas questões relacionadas à criminalidade estão ligadas ao sistema prisional. Muitos dos autores e vítimas de crimes são egressos do sistema prisional”, disse. 

Fonte: Jornal O Hoje

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