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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Violência no Entorno é inaceitável, diz ministro

Ao propor articulação entre as secretarias de Segurança Pública de Goiás e do Distrito Federal para enfrentamento da criminalidade na região do Entorno do DF, o ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo, disse considerar a violência na região “inaceitável”. Por outro lado, ele prometeu mais apoio, mas não quis antecipar o volume de recursos que poderá ficar à disposição para novas ações. “Primeiro precisamos ter um plano e, a partir daí, ter valores.” Segundo ele, a região precisa de “investimentos em pessoal, materiais, equipamento, tecnologia e serviços de inteligência”.
O Ministério da Justiça propôs ontem plano comum de combate à violências nas 21 cidades goianas que formam a Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno (Ride). “Sem essa integração, não enfrentaremos a violência”, disse o ministro, após participar, em Luziânia (GO), de ato simbólico de destruição de armas apreendidas.
Essa não é a primeira vez que o ministério pretende investir no Entorno do DF. Desde 2007, a Força Nacional de Segurança Pública tem desenvolvido ações para o combate à criminalidade na região. A Operação Entorno II, que teve início em abril, por exemplo, mantém 117 homens da força nas cidades consideradas mais violentazs, como Águas Lindas, Cidade Ocidental, Luziânia, Novo Gama e Valparaíso. No período, a operação já apreendeu 124,5 quilos de maconha, 8,7 kg de cocaína e 41 armas de fogo.
Para o coronel Edson Costa Araújo, do Gabinete de Segurança Pública do Entorno, ligado ao governo de Goiás, o principal problema da região é o consumo e o tráfico de crack. “Quando se fala em homicídio, o problema é crack”, disse, lembrando ainda que a região sofre com o crescimento desordenado e que, ali, os indicadores de violência crescem a uma taxa de 25% ao ano desde 2006.

Mortalidade
Dados do Ministério da Saúde apontam que a taxa de mortalidade por agressão na Ride subiu de 36,8 por 100 mil habitantes, em 2000, para 42,1 por 100 mil, em 2009. Conforme apresentação da demógrafa Ana Nogales, da U­niversidade de Brasília (UnB), feita para o evento ontem de Luziânia, a mortalidade de jovens de 15 a 29 anos na Ride, em 2009, era em torno de 110 por 100 mil.
Segundo Edson Araújo, planejamento elaborado pelo governo de Goiás aponta que são necessários R$ 713 milhões em investimentos para a compra de viaturas, construção e manutenção de presídios. Ele reclama a falta de “uma fonte de financiamento perene” de recursos para a segurança na região.
Hoje, o governo federal deve anunciar um novo programa de apoio ao sistema prisional, com recursos que giram em torno de R$ 1,1 bilhão. (Agência Brasil)

Fonte: Jornal O HOJE

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